terça-feira, 23 de abril de 2013

Greve nas Etecs e Fatec é adiada para 15 de maio


Mobilização do sindicato não foi suficiente para deflagrar a paralisação

A mobilização feita na última sexta-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) não foi o suficiente para deflagrar a greve de professores e funcionários da autarquia, que mantém as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo. Conforme decisão do sindicato, em uma reunião realizada ontem, a paralisação geral, por tempo indeterminado, foi transferida para o dia 15 de maio, quando será realizado um ato público em frente à Secretaria de Gestão, em São Paulo, às 14h. Até lá, será cumprida uma agenda de mobilização, com a realização de assembleias e visitas do sindicato a diversas unidades. Em Sorocaba, o dia ontem foi tranquilo, com aulas transcorrendo normalmente nas duas Etecs, a Fernando Prestes e a Rubens de Faria e Souza, e também na Fatec.

As principais reivindicações dos sindicalizados são com relação ao "bônus resultado" - quantia repassada aos professores de acordo com o desempenho da escola -, e reajuste nos salários. O compromisso firmado pelo Governo do Estado é de um reajuste para servidores do Centro Paula Souza igual ao que está sendo oferecido à rede estadual, que é de 8,1% a partir de 1º de julho, porém os trabalhadores pedem 10% de reajuste, que representaria a inflação oficial medida pelo Dieese no período de maio de 2012 a abril de 2013.

Segundo dados da própria agremiação, cerca de 23% das unidades de ensino, dentre as 266 que são abrangidas pela autarquia, não obtiveram nenhuma bonificação. Outras 31,5% receberam apenas meio salário e outras 45,5% receberam valores acima de meio, mas abaixo de 2,9 salários, que é a bonificação máxima que só foi atingida por uma unidade de ensino. O sindicato considera os critérios de definição da distribuição do bônus injustos e aponta que a maioria deles se baseia em questões relacionadas à infraestrutura da escola, o que é de responsabilidade do governo, e não dos esforços dos profissionais.

Outro item é que se cumpra a Lei do Piso Nacional, a Lei 11.738/2008, que estabelece, além do piso salarial, também o cumprimento de, no máximo, 2/3 da carga horária do professor em sala de aula. Conforme o sindicato, nas Etecs a lei não é cumprida, o que representa, além de prejuízo salarial, uma perda da qualidade da preparação do trabalho docente.


Mobilização


Na sexta-feira o Sinteps mobilizou cerca de 300 pessoas para o ato público realizado na sede da autarquia, na Capital, e paralisou as atividades em algumas das unidades de ensino mantidas pelo grupo. Em Sorocaba, as atividades transcorreram normalmente tanto na Etec Fernando Prestes, na região do Jardim Paulistano quanto na Fatec, localizada no Alto da Boa Vista. No entanto, na Etec Rubens de Faria e Souza, no Jardim Vergueiro, as aulas ficaram prejudicadas nos três períodos por conta da adesão de boa parte dos professores ao movimento em São Paulo.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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