segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mercado corta projeção de juros. E eleva a de inflação


Economistas esperam Selic em 8,25% no final deste ano, e IPCA em 5,7%

Supermercado
Preço dos alimentos pesou na inflação este ano e obrigou o BC a começar o ciclo de aumento de juros (Luciano Amarante)
Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual na semana passada, o mercado financeiro reduziu sua projeção para os juros no final deste ano de 8,5% para 8,25%. É o que mostra pesquisa semanal Focus divulgada nesta segunda-feira pelo BC. Já as previsões de inflação tanto em 2013 quanto em 2014 - quando, de fato, as mudanças na política monetária surtirão efeito - subiram. Para este ano, os economistas esperam Índice de Preços ao Consumidos Amplo (IPCA) em 5,7%, ante 5,68% na semana passada. Para 2014, a estimativa passou de 5,70% para 5,71%.
A mudança de perspectiva do mercado sobre os juros se deu após o Copom ter mantido o tom de cautela ao iniciar, na semana passada, um ciclo de aperto monetário para combater a inflação elevada. No próximo relatório Focus, o que vai pesar será a ata da reunião do Copom, quando o mercado saberá o que pensa o BC e o que ele deve fazer nas próximas reuniões. 
A taxa básica de juros do país foi elevada em 0,25 ponto percentual, passando de 7,25% - mínima histórica - para 7,5%. O Copom entendeu a necessidade de elevação da Selic para acalmar os ânimos do mercado com relação à escalada inflacionária. Depois de estourar o teto da meta do governo ao registrar 6,59% em 12 meses até março, o IPCA subiu para 6,51% na prévia de abril, o IPCA-15.

É consenso entre economistas que o aumento de juros pode prejudicar o já tímido crescimento do economia brasileira, mas essa percepção ainda não foi incorporada nas estimativas da pesquisa Focus. Os economistas mantiveram as expectativas para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 3% neste ano e 3,5% ano que vem. Para a indústria, contudo, as projeções foram revisadas para baixo: passaram de 3% para 2,86% neste ano e de 3,8% para 3,75% ano que vem. 
As informações são da Veja.

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