quinta-feira, 21 de março de 2013

Faltam médicos para Ônibus Oftalmológico e Carreta da Policlínica


Unidades básicas e as UPHs também esperam profissionais

Fernando Guimarães
fernando.guimaraes@jcruzeiro.com.br

A falta de médicos impede a Prefeitura de Sorocaba de colocar em operação o Ônibus Oftalmológico e a Carreta da Policlínica. A questão salarial é o principal ponto da falta de interesse de profissionais da saúde para atuarem nessas unidades. É uma situação que se estende às unidades básicas de saúde e, também, à Policlínica de Especialidades e às Unidades Pré-Hospitalares. A questão da segurança nas unidades básicas é outro problema, segundo o Sindicato dos Médicos de Sorocaba.
 
Se por um lado faltam médicos para aquelas unidades móveis, o Ônibus da Mulher está parado no estacionamento da Policlínica, desde dezembro passado, por causa de uma peça do motor que custa caro e para ser adquirida é necessário abertura de licitação. A expectativa é de que o Ônibus Rosa, como é conhecido, volte a circular em maio deste ano. O Ônibus do Homem é a única unidade móvel que está cumprindo agenda nos bairros, porém, nesta semana, não circulou devido à manutenção mecânica, devendo voltar nos próximos dias aos atendimentos nos bairros. Quanto ao Ônibus Roxo (do jovem) e o da Zoonoses, não há informações sobre qual é a atual situação.

O coordenador de assuntos médicos da Policlínica, Oslan Ferreira, explicou que a Secretaria Municipal da Saúde (SES) vem solicitando junto à Secretaria de Gestão de Pessoas a contratação de médicos oftalmologistas, mas esse profissional, segundo Oslan, é difícil de encontrar. "Nós temos dificuldade de conseguir esse profissional. O serviço público paga muito mal em comparação com a iniciativa privada, há, como podemos dizer, uma concorrência desleal. E nós temos de nos adequar a isso. É um assunto que passa pela Câmara dos Vereadores, que nos cobram, mas que também deveriam fazer a parte deles (vereadores), na questão da melhoria dos salários dos médicos", relata Oslan.

Sorocaba paga R$ 41 a hora do médico, enquanto outras cidades da região pagam mais de R$ 80. Araçoiaba da Serra, por exemplo, paga R$ 100 a hora, e Votorantim, R$ 51. Essa diferença salarial agrava a situação da Prefeitura de Sorocaba que não consegue atrair o interesse dos médicos, como diz o presidente do Sindicato dos Médicos de Sorocaba, Antônio Sérgio Ismael. Exemplo disso ocorreu com o último processo aberto pela administração pública, quando apenas 27 profissionais foram contratados, havendo 73 vagas disponíveis. Atualmente, atuam na rede pública da cidade 637 médicos.

Oslan Ferreira disse que a prefeitura estuda a possibilidade de fazer parcerias para comprar os serviços de oftalmologia, incluindo o Hospital Oftalmológico de Sorocaba. "Estamos preocupadas com isso, procuramos suprir da melhor forma possível. Não está havendo desassistência. Existe uma demanda reprimida, mas será resolvida, aliás, isso não é privilégio de Sorocaba", afirma.

A unidade móvel da Policlínica, segundo Oslan, vai circular, possivelmente a partir de maio, pois, conforme diz, muitos profissionais estavam de férias e a prioridade é dar assistência à unidade física, no Jardim Santa Rosália. Com a volta dos profissionais, a carreta irá circular nos bairros com maior demanda para consultas com dermatologistas, gastroenterologistas e ortopedistas. Ultrassons também poderão começar a ser feitos. Já há equipamentos comprados por meio de licitação, faltando outros, mas que também serão adquiridos com o certame. "Nós diminuímos bastante a demanda no final do ano passado, agora vamos começar a retomar esses serviços", conta.
As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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