sábado, 23 de março de 2013

Jovem percorre 3 quilômetros de marcha à ré


Veículo passou em frente à guarita do 7º Batalhão da PM, na rua General Mena Barreto

Adriane Mendes
adriane.mendes@jcruzeiro.com.br

Dirigir em marcha à ré exige atenção, mas imagine utilizar-se dessa manobra por cerca de três quilômetros seguidos, e não apenas em linhas retas, sem causar nehuma fatalidade e só parar após colidir com uma pequena mureta. Foi o que aconteceu ontem à tarde, em plena avenida Afonso Vergueiro, quando um rapaz de 28 anos de idade, acompanhado de uma garota de 25, em poder do carro de um amigo, desafiou as leis do trânsito e até mesmo a vida, pois poderia ter se acidentado seriamente, envolvendo inclusive terceiros. 

O autor dessa proeza, identificado como R.F., foi acompanhado por policiais militares a partir do momento em que passou em frente ao 7º Batalhão da Polícia Militar e do Comando de Policiamento de Área do Interior (CPA/I7), no Cerrado. Ele só foi contido ao ter as mãos algemadas e os pés amarrados. Totalmente "turbulento", como descreveu o soldado Ferreira que o deteve, ele demonstrava estar drogado. O rapaz foi internado no setor de psiquiatria do Hospital Regional.

A ocorrência considerada inusitada aconteceu em torno das 15h, chamando a atenção inicialmente dos policiais militares que ficam na guarita do 7º Batalhão, na rua General Mena Barreto, que ao verem um carro trafegando de ré, imediatamente acionaram o policiamento. Um bombeiro, que estava também nan guarita do Corpo de Bombeiros, na rua Manoel Bento Ribeiro, se assustou ao ver a camionete em marcha à ré, que depois de passar sobre a calçada e ficar em apenas duas rodas, desceu pela rua Reynaldo Ferreira Leão e acessou a avenida Afonso Vergueiro, na pista sentido Cerrado-Centro.

Numa sequência dígna de filmes de ação, o condutor ultrapassou pelo menos oito semáforos, dos quais alguns em cruzamentos, conseguindo ainda retornar a praça da Bandeira e seguir em direção ao Além-Linha, quando, ao tentar passar por baixo do pontilhão para poder pegar a rua Moacir Figueira ou mesmo os bairros da Vila Carvalho e Trujillo, colidiu com uma mureta.

O soldado Ferreira que foi o primeiro a chegar no local pois já o acompanhava, disse que o rapaz estava totalmente "turbulento", com uma força além do normal, tanto que para ser devidamente contido foi preciso, com ajuda de outros PMs, algemar suas mãos e amarrar seus pés. Segundo o soldado, o motorista, que estava com a boca espumando, dizia coisas desconexas como "tenha fé", "tenho força", e "Deus". Sua companheira, muito assustada e também aparentemente sob efeito de entorpecentes, disse que tentou fazê-lo parar de dirigir perigosamente.

Já no Plantão Norte, o dono do carro, que prefere não ser identificado, disse que na noite anterior os dois foram até uma casa de prostituição, de onde saíram com a jovem. Todos então passaram a noite na casa do dono do veículo, na Vila Santana. Ele alegou porém que foi dormir, e ao acordar, por volta das 14h, não mais os encontrou, e nem o carro. Passou a mandar torpedos perguntando sobre seus paradeiros e também do carro, como também dizendo que tinha tido sua confiança traída, até que, por volta das 15h, o celular de F.R. foi atendido por um policial militar. O jovem surtado foi levado ao hospital pela Unidade e Resgate dos Bombeiros comandada pelo cabo Teixeira.
Todas as informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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