segunda-feira, 18 de março de 2013

Prossegue a greve dos professores


Alumínio-SP



Carolina Santana
carolina.santana@jcruzeiro.com.br
 

A greve dos professores da rede municipal de Alumínio continua hoje. São mais de 90 profissionais de braços cruzados reivindicando que o abono salarial volte a ser pago para a categoria que entra no quarto dia de paralisação. Uma reunião entre os representantes jurídicos do Sindicato dos Servidores Públicos Municipal de Alumínio e a administração está marcada para às 10h de amanhã. Hoje, em forma de protesto, os professores ficarão em frente ao Paço Municipal durante o horário do expediente. 

Inicialmente a paralisação dos professores estava prevista para durar dois dias. Diante da falta de expectativa para o pagamento do abono, na sexta-feira, a categoria protocolou junto à Prefeitura o aviso de greve por tempo indeterminado. A reivindicação dos profissionais é para que o abono salarial - pago desde 2011 e suspenso desde o início do ano - volte a compor o ganho mensal dos professores. Segundo o presidente do sindicato dos servidores municipais, Écio Ricardo, o benefício varia de acordo com a qualificação profissional do professor, ou seja, varia dependendo se o funcionário possui título de mestre ou cursos a mais em seu currículo. 

Ricardo afirma que as manifestações em frente ao Paço continuarão até que um acordo seja alcançado. A alegação dos profissionais da educação é de que o benefício está estipulado em um plano de carreira previsto dentro da lei municipal de n.º 001/2011, porém deixou de ser repassado desde que a nova administração assumiu a cidade após as eleições do ano passado. A atual gestão, por sua vez, alegou que o corte foi necessário para enquadrar a cidade dentro da lei de responsabilidade fiscal, que por sua vez, prevê que o gasto do Executivo com folha de pagamento não pode superar 54% do orçamento. 

Em matéria publicada pelo Cruzeiro do Sul na última quinta-feira (14) o diretor do Departamento Municipal de Administração de Alumínio, Paulo Henrique Ribeiro Pimenta, informou que o corte do benefício foi uma medida adotada por necessidade. Segundo ele o valor da bonificação dos professores onera em 2,5% a folha de pagamento do Município, fato contrário à pretensão da administração municipal de reduzir a folha salarial da cidade. Ele destaca que os salários dos professores 

Pimenta afirmou ainda que o valor cortado foi do abono previsto pela lei municipal do plano de carreira da categoria. Segundo ele a Prefeitura ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao Tribunal de Justiça pleiteando a suspensão do pagamento da bonificação. Segundo Pimenta, caso a ação seja julgada improcedente pelo TJ, a Prefeitura voltará a pagar os benefícios aos professores, quitando também os valores referente aos meses de janeiro e fevereiro.

As informações são do Jornal Cruzeiro do Sul.

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