terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Novo secretário de Saúde critica valores repassados à cidade pelos governos estaduais e federais


Sorocaba
 
 

O secretário demonstrou a indignação do Governo com o repasse de verbas (Foto: Divulgação)
 
 
PRESTAÇÃO DE CONTAS 

A Câmara Municipal de Sorocaba realizou audiência pública na manhã desta segunda-feira, 25, para prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde referente ao terceiro quadrimestre de 2012. A audiência foi presidida pelo vereador Izídio de Brito (PT), presidente da Comissão de Educação, Saúde Pública e Juventude, com apresentação do novo secretário de Saúde, Armando Raggio, e participação do ex-secretário da pasta, Vágner Guerreiro, responsável por ela no final do ano passado. 

O total das receitas oriundas do Estado e do Ministério da Saúde no período foi de R$ 36 milhões. Os recursos próprios da Prefeitura somaram R$ 92,2 milhões, que representam 71,9% do total. O total das despesas ficou em R$ 128,3 milhões. 
 
O secretário demonstrou a indignação do Governo com o repasse de verbas. “A destinação dos governos a Sorocaba está aquém do que deveria acontecer. O município é referência aos paulistas do sudoeste. O prefeito Pannunzio com certeza irá buscar a realocação de recursos na área estadual e federal”, disse. 
Segundo dados apresentados, foram prestados 55.760 atendimentos de pediatria, 183.158 mil consultas de clínica médica, 47.684 mil atendimentos de ginecologia e obstetrícia, 136.253 atendimentos de odontologia. O Programa de Saúde da Família realizou 52.199 atendimentos e os PAs (Pronto-Atendimentos) atenderam a 195.824 pacientes.

Com relação ao combate à dengue, foram 47.557 visitas a residências com 230 Kg de pneus coletados e 2.029 solicitações atendidas. “A dengue preocupa o Município, mas está sob controle da equipe de saúde”, disse o secretário. 

O vereador José Francisco Martinez, presidente da Câmara, fez um apelo ao secretário com relação a solicitações urgentes encaminhadas pelos parlamentares. “Ninguém faz política com doenças graves e mortes”, pontuou.  A insatisfação com o atendimento, a falta de retorno à população e também aos pedidos que chegam aos vereadores foi igualmente levantada pelos vereadores Jessé Loures e Luís Santos. 

Armando Raggio afirmou que está criando coordenações regionais para dar solução aos problemas nas Unidades Básicas de Saúde e que está à disposição para situações dramáticas de urgência. 

Com relação à remuneração dos médicos, levantada pelo vereador Saulo do Afro Arts, o secretario afirmou que, apesar da dificuldade nos salários, os profissionais querem manter seu vínculo empregatício e que o prefeito Pannunzio se comprometeu com a revisão de carreira da categoria. Ainda sobre o atendimento dos médicos em plantão e de retaguarda, falou que será iniciado um processo de auditoria da presença do profissional.

Fernando Dini cobrou a construção da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Leste e a melhora do centro de saúde da Vila Haro para desafogar a Santa Casa, e uma política voltada para as pessoas com deficiência que, segundo o secretário, são atendidas por um programa já existente, mas que precisa ser ampliado. 

DENGUE - Questionado por Morelly se o efetivo médico foi aumentado para atender à urgência da dengue, o secretário falou da ampliação do horário de atendimento com remuneração de horas-extras, que poderá ser estendido a todas as unidades se for necessário. 

Ainda sobre a dengue, o vereador Marinho Marte (PPS) repassou uma informação recebida de que hospitais estão “maquiando as mortes para não causar pânico”. Raggio foi contundente a afirmar que nenhum funcionário está autorizado a calotear informações dessa gravidade, sob pena de processo. "Omitir informação sobre doença de divulgação compulsória é crime”, declarou. O secretário afirmou que o caso será analisado. “A melhor maneira de lidar com uma epidemia é enfrentá-la.”

Fonte: Jornal Diário de Sorocaba

Nenhum comentário:

Postar um comentário